Simplicidade e Praticidade em Casa - Parte 2

Continuando o relato iniciado aqui...

Acontece que até chegarmos aqui, apesar dos destralhes, ainda tínhamos muita coisa e ainda não tínhamos noção de que existia a opção de viver com menos (essa nunca foi uma opção ensinada ou vivenciada por nós). Por isso, sem dúvidas os primeiros meses foram bastante "irritantes" no sentido de o-que-é-que-eu-vou-fazer-com-essas-caixas! Eram duas grandes caixas contento os livros, duas grandes caixas contendo blá-blá-blá de eletrodomésticos, caixas de cds, dvds, decoração... tudo dentro das caixas por falta de lugar melhor para colocar. E num belo dia, sentada olhando com desprezo para aquele monte de caixa, eis que me pego conversando comigo mesma: 
"Eu sei o que tem em todas essas caixas, tenho tudo catalogado no meu caderno, por isso sei que não preciso abri-las. Se não abri essas caixas, é porque o que está ali dentro não nos tem feito falta. Se o que está ali não tem feito falta no meu dia a dia, porque raios estou mantendo isso?! Porque continuar mantendo coisas que não são essenciais e ainda por cima me deixam irritada pois não são agradáveis de se olhar?!" Nicoli S.
Foi quando iniciei a leitura de relatos de pessoas que estavam na mesma situação que eu ou que já tinham passado pela mesma situação que eu - e garantir que eu não estava ficando maluca - que entrei em contato pela primeira vez com o minimalismo, frugalidade, simplificação da vida. E isso fez com que eu me "sentisse em casa". 

Devido ao hábito formado após anos e anos de destralhamentos, naturalmente comecei a parar de gastar com roupas, calçados, acessórios. Também já tinha diminuído e muito o gasto com objetos decorativos, parei com isso também. Já tinha trocado momentos no shopping pela estrada (viajávamos frequentemente para cidades interioranas para conhecer lugares diferentes). E nesse caso, foi fácil decidir dizer chega e cortar de vez a questão de consumo por consumo. 

E, de posse a essas novas informações, dos relatos das experiências de outras pessoas, e consciente da minha decisão, somado com o apoio incondicional do marido, fiz a rapa em casa. Simples assim, rápido assim. A unica vez que senti alguma dor no coração foi quando desapegamos da quantidade monstro de livros que tínhamos e só, mas desapegamos mesmo assim. 

Fiquei triste por ter enxergado isso só depois da mudança de cidade, já que isso teria poupado uma grana imensa com mudança e estresse. Mas, antes tarde que nunca. Atualmente existem cantinhos que ainda estou mexendo já que dá para simplificar, mas tudo o que temos atualmente é muito prático e objetivo e no caso de uma nova mudança, será prático, objetivo e barato.

Com relação aos móveis tudo foi mantido ou adquirido de forma a simplificar o processo de limpeza, organização e mudança:

A mesa é desmontável, os banquinhos, o sofá cama, as araras que servem de roupeiro são fáceis e rápidos de montar e desmontar. São também leves para mover. Os eletrodomésticos tem as dimensões exatas para nos servir. O rack da sala serve para dar suporte a TV, guardar roupa de cama e banho. Os banquinhos de madeira servem como mesa auxiliar na sala ou no quarto. Os pufes servem de apoio para os pés e como bancos a mais em reunião com amigos. As poltronas não são necessárias mas, gostamos de sentar na varanda de casa em dias quentes para conversar enquanto olhamos o céu estrelado, elas por enquanto serão mantidas, principalmente por serem confortáveis a beça!

Enfim, a casa ficou funcional e muito mais agradável de se olhar e estar... e é assim que pretendemos manter nosso histórico de posses habitacionais!

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