Atitude Contra Bloqueio e/ou Auto Sabotagem

Desde o primeiro contato com o tema entendi que o desapego abrange o material, social, pessoal e sentimental... E estou feliz da vida por ter sido capaz de me desapegar de tantas coisas em tão pouco tempo, desde que decidi simplificar a vida...

Considero que tive e continuo tendo sucesso em relação ao desapego material e pessoal (incluindo a parte profissional), tive e continuo tendo sucesso parcial em relação ao desapego social e sei que isso se deve ao fato de eu ainda ter dificuldade para lidar com fatos passados, especificamente relacionado com a forma como fui "criada".

Apenas para que entendam, se desapegar socialmente não significa se tornar anti social, pois ser anti social, na verdade, é uma patologia e necessita de tratamento. O desapego social refere-se a deixar de conviver ou deixar de se obrigar a conviver com pessoas que lhe são prejudiciais de alguma forma. O desapego pode ser relacionado a amigos ruins ou até mesmo parentes ruins (sim, incluindo pais que apenas te boicotam de alguma forma). E por outro lado, escolher poucos amigos, mas amigos verdadeiros e interessantes que te estimulem a ser uma pessoa melhor. 

Muitos devem ter percebido que me ausentei um pouco daqui do blog pois, mesmo me esforçando para focar nas coisas bacanas que me acontecem, tenho andado muito chateada. E isso tem a ver diretamente com o motivo desse post.

Quando acho que consegui desapegar de fatos passados, surge a oportunidade de interação com pessoas (as quais supostamente estariam sempre ao meu lado, me apoiando, torcendo por mim), que mais uma vez, demonstram uma predileção descarada (não por mim, é claro). 

Por mais que eu tenha me esforçado nesse tempo todo, nunca fui reconhecida. Finalmente, desisti de tentar, e comecei a realizar atividades que me satisfizessem por mim mesma, a última, o curso de medicina veterinária.

Já fiz programação neurolinguísticameditação, yoga, fiz diversos tipos de terapias (ainda faço terapia), já desabafei diversas vezes com o marido e com amigos, mas ainda estou presa nesse loop... está bem difícil de conseguir me livrar desse sentimento de frustração. Frustração não necessariamente pelo não reconhecimento, mas pelo tempo e energia que gastei tentando agradar a terceiros, por tanto tempo. 

Vejo por aí, muita gente tendo tanta dificuldade em se livrar de bens materiais, objetos inanimados. No meu caso, a dificuldade tem sido me desapegar de sentimentos e sensações negativas, resultado de uma personalidade relativamente passiva que se deixou afetar pelas escolhas e atitudes de terceiros.

O maior desafio talvez consista no fato de que geneticamente e socialmente somos "programados" a nos mantermos vinculados a certos indivíduos por mais deletérios que nos sejam. Nos sentimos na obrigação de cumprir determinados protocolos sociais em relação a estas pessoas, o que deixa tudo pior, pois acabamos permitindo que essas pessoas nos causem o mal estar mais uma vez. No caso, elas até podem ser boas e /ou bacanas, mas não necessariamente elas são boas com você.

Acredito que, quando se é criança, temos uma visão romantizada das pessoas ao nosso redor, tendemos a criar heróis que não existem. Parte do amadurecimento é deixar de acreditar em heróis e pessoas infalíveis e entender que todos são seres humanos e as pessoas próximas não são melhores apenas por serem mais próximas e ou por estarmos acostumados com elas.

Enfim, estou realmente disposta a superar isso de uma vez por todas, deixar o passado no passado e os aprendizados no presente e futuro, parar de me forçar a vivenciar situações desagradáveis para mim, colocando em prática o seguinte pensamento:

I have reached a point in life where I feel it is no longer necessary to try and impress anyone. 
If they like me the way I am, good, and if they don't, it's good either.

Fonte: Quotes & Thoughts

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