Observações - Parte I

Pessoas! Eu estava muito cansada! Muito, muito cansada.

Coisa de ontem e hoje de manhã, ter tido febre, dor no corpo... (não, não é dengue, nem gripe! ainda bem) e depois de dormir mais de 12 horas seguidas (o marido ficou preocupado!) parece que consegui recuperar a maior parte da energia. Ufa!

Mas falemos um pouco sobre esses dias que estivemos fora por conta de um congresso. Imagino que congresso, em qualquer área profissional, seja bem parecido em diversos aspectos, alguns dos quais quem já participou ou participa, conseguirá visualizar minhas observações de forma mais fácil.

O primeiro dia do evento foi dedicado a cursos (cada um podia escolher um) com carga horária de 6-8 horas e os demais dias para palestras, simpósios, mesas redondas, apresentação de painéis, reuniões, festas... Gostei demais do que participei, pois foi ótimo como atualização de técnicas e equipamentos, relembrei conceitos básicos e avançados.

Participei do evento como um todo: assisti palestras, ajudei na organização (apresentação de uma empresa) como voluntaria, fotografei de tudo um pouco (mais material para meu portfólio), apresentei painel (onde recebi proposta de emprego !!!), conheci um personagem referência na área (ele e a esposa são dois velhinhos encantadores!).

De qualquer forma, procurei agir mais como observadora e pude comparar muitos aspectos relacionados a mim mesma, posso dizer que um antes e depois da tomada de consciência. As empresas geralmente oferecem brindes para os participantes do evento. Dentre eles, os mais comuns são canetas, blocos de anotações, canecas... dessa vez teve até chinelo!

O que percebi é que a maioria das pessoas que visita tais estandes, estão em busca exclusivamente dos brindes. Ainda, que se o brinde for considerado legal e limitado a uma unidade por pessoa, muitos farão de tudo para conseguir mais de um do tal brinde. Aproveito para comentar que as idades variavam de graduandos até aposentados, e muitas dessas pessoas são/eram profissionais respeitados na área.

Já vou logo avisando que peguei sim o chinelo pois o meu não é lá muito prático e por isso resolvi trocar pelo que foi oferecido, uma vez que se trata de uma marca de qualidade (sem contar que dei uma de garota propaganda, pois o chinelo havia sido oferecido pela empresa que acompanhei como voluntária).

Mas a mesma empresa ofereceu canetas coloridas, caneca de louça, post it, canetas normais, catálogos diversos, e não senti vontade alguma em pegar absolutamente nada disso. Mesmo porque, já cheguei a completar duas caixas de sorvete com canetas obtidas em eventos científicos, as quais nunca usei (viraram doação). 

Outras empresas chegaram a me oferecer brindes como porta copos emborrachado, canetas, blocos, cadernos, marca textos, mas somente agradeci, sem aceitar (tirando um potinho de balinhas que já não existe mais - rs).

A bem da verdade, em nenhum momento senti vontade de adquirir absolutamente nada do me era oferecido (exceto o chinelinho), pois nada me pareceu necessário ou mesmo útil. E o mais incrível foi que minha reação foi completamente natural em não aceitar. O que quero dizer é que com o tempo, certas atitudes acabam por se tornar automáticas. Olhar para um dado objeto e considerar ou não fundamental para minha realidade passou a ser automático. 

Achei interessante essa conscientização da minha parte pois, talvez sirva de consolo para quem atualmente sofre por adquirir um novo objeto que depois percebe ter sido desnecessário, ou ainda de se privar de aquisições materiais e ficar com dor no coração.

Uma vez, me peguei pensando que se eu soubesse certas coisas que sei hoje, eu estaria numa situação/posição muito melhor do que me encontro atualmente. Mas quer saber, para que eu saiba o que sei agora, precisei passar pelas experiências que passei anteriormente e que me permitiram chegar até onde me encontro agora. E, como passado é passado, resta a mim aproveitar melhor o meu tempo e energia para seguir a partir de hoje.

Quem sabe isso não vale para você também?!

Comentários