Presentes e Amigo Secreto de Final de Ano

E por falar em presentes, praticamente todos já sabiam que eu não queria absolutamente nada e os motivos desse pedido.
Para variar, teve uma pessoa que me fez questão de me presentear, porque ela acha que datas festivas não podem passar em branco... quem disse que passou em branco?!
Aliás, o que é passar em branco?
Não dar festas, não receber presentes é passar em branco?!
No meu atual momento, passar em branco seria fazer qualquer coisa para agradar, provar ou mostrar aos outros o que eles querem ver ou ouvir.


Hoje aqui no trabalho, estão organizando amigo secreto para ser revelado na próxima semana.
Quando me perguntaram se eu queria participar, após pensar um pouquinho, respondi que não, obrigada.
Realmente a pessoa que recebeu minha resposta esperava ouvir outra coisa, tanto que o sorriso dela se desfez o que me cortou o coração.
Mas não voltei atrás e nem tenho porque fazer isso.

Deixo claro que não tenho nada contra meus colegas de trabalho, mas eles são exatamente isso, colegas, com os quais a interação está limitada a "olá", "tudo certo?", "bom dia", "boa noite", "até mais", entre tantas outras frases soltas, conversas de café sem muita importância.
Muito embora seja possível conhecer as pessoas por conta de pequenos gestos, opiniões genéricas, ainda sim, por se tratar de um ambiente de trabalho, tendemos a não causar polêmicas, ou seja, nem sempre somos o que seríamos numa ao redor de uma "mesa de bar".

Existem pessoas que quando olho, sei que firmaram uma relação muito mais amigável do que profissional e acho isso super bacana, o que não corresponde com a minha realidade.
No meu caso, até convivi com algumas pessoas com as quais me identifiquei um pouco mais, mas por várias razões, não "vingou" e cada qual segue seu caminho.
Ainda, até cheguei a tentar sair com a galera, mas os "happy hours" não são atividades que me agradam.

Dito isso, sei muito pouco a respeito dos que me cercam no ambiente profissional, e de uns tempos para cá, perdi o completo interesse nisso.
E, consciente disso eu me pergunto o que eu compraria para qualquer um deles?
Para mim, principalmente agora com essa decisão de ser consciente pelos meu atos, se não conhecemos alguém de coração, a compra fica sem sentido.
Chega de comprar tranqueira porque TINHA que comprar, gastar tempo, dinheiro e energia para tentar agradar os olhos de quem recebe o presente e de quem me vê presenteando.
Comprar um presente para um amigo secreto, só será feito verdadeiramente se existir um sentimento no mínimo carinhoso despertado pelo outro.
Portanto, por mais que eu até considere a outra pessoa bacana, ainda sim falta aquela identificação e afinidade com alguma história por ela vivida, portanto, falta o essencial.

Em contrapartida, recentemente acabo de presentear uma pessoa que também trabalha na mesma instituição que eu (porém em outro departamento), e que conheci no ônibus. Depois de meses frequentando o mesmo horário e linha de ônibus, tivemos a oportunidade de conversar e foi identificação imediata. Ela ganhou um prêmio e me convidou para participar da entrega. Obviamente aproveitei para fotografar o tal evento.
O que quero dizer é que ela despertou em mim imenso carinho. Apesar de não ter gasto um tostão, o tempo para tratamento de imagens foi realizado com profunda satisfação. Melhor foi ver a cara de feliz que ela fez pela surpresa!

Ainda, quando o marido e eu viajamos para Maceió (vale super a pena!), trouxemos conosco toalhas de mesa bordadas para presentear pessoas queridas (presenteamos apenas 4 pessoas/casais). Trouxemos modelos bem coloridos (que amamos e até temos um igual!) pois sabíamos que cor era bem vindo para eles. Acredito que todos que receberam nossa lembrança bem cara de Maceió, gostaram dela. Mas a reação de uma das pessoas foi a mais linda de todas: colocou a toalha na mesa, fotografou e me enviou! Imaginem minha satisfação!

Nesse exemplo super simples, o dar e receber um presente, foi espontâneo e significativo para ambas as partes...

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