Porque Nos Tornamos Minimalistas

Tem momentos em minha vida que gosto de recordar os motivos pelos quais deixei de fazer certas coisas e comecei outras. Geralmente esses momentos estão relacionados a crises existenciais, desânimos momentâneos (ou nem tanto), pois como a Thais já comentou (aqui), é preciso ter uma razão para seguir em frente.

Os nossos, no início, estavam relacionados principalmente a questão de mobilidade: mudanças e viagens constantes. Isso faz com que quanto menos objetos para carregar, menos teremos que gastar com mudança (menor o medo de estragarem alguma coisa - sempre acontece!), menor o tamanho do imóvel a ser alugado. Consequentemente, quando estamos fora, menor a preocupação com o que se tem dentro de casa... 

Uma outra razão importante é que não temos ninguém para nos ajudar a cuidar da casa. Somos nós que cuidamos da casa através da divisão de tarefas. Assim, para atingir o segundo ponto de interesse para nós, doamos praticamente tudo o que raramente ou (o que é pior) nunca usamos e como resultado, economia de tempo e energia com trabalho braçal: menos objetos, menos tempo gasto com limpeza e organização da casa.

Mas as vantagens não param por ai: tendo apenas aquilo que realmente usamos é mais fácil encontrar o que precisamos no momento que for necessário. Principalmente em ambientes reduzidos, menos objetos deixam a sensação de amplitude.

Hoje, ainda estamos nos adaptando a essa nova forma de viver.

Realmente não temos gasto com roupas, calçados e acessórios. Andar pelo shopping a muito tempo deixou de ser uma atividade que considero lazer, e sempre que vamos, sempre damos um jeito de ir embora o mais rápido possível pois o ambiente em si não nos agrada. Mas confesso que sempre olho vitrines completamente sem sofrimento: doar é legal, o chato é ter que procurar onde fazer isso!

Objetos decorativos que eu amava tanto, são cada vez mais raros aqui em casa... prova de que as muitas coisas que se foram, não tinham significado nenhum em nossas vidas... estavam aqui por estar. Mas quando doamos, imagino que pelo menos algumas delas acabem tendo mais sentido para os novos donos!

Toda essa re-estruturação no jeito de morar, nos permitiu realizar algumas atividades que não seriam possíveis: morar de aluguel numa cidade possui um custo de vida mais caro, fazer o novo curso, ter mais tempo com os amigos, dar mais valor ao tempo...

Ainda existem outros diversos pontos, mas esses foram os primeiros, e por isso considero eles importantes pois com poucos meses, consigo visualizar rápidas e positivas mudanças em nossas vidas. E mudança, nessa altura do campeonato, é o que me move!

Você sabe o que te move?

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