Ainda seguindo com os relatos sobre o congresso do qual participei (leia aqui a parte I), gostaria de contar sobre parte das festas...
É praxe que as empresas ofereçam jantares, ou happy hour ao final do dia, após as palestras. E o que é uma hora feliz sem bebida (alcoólica)?!
De qualquer forma, a ideia desta série de observações é relatar o comportamento comum das pessoas (inclusive meu), pensar sobre eles e conscientemente escolher um ou outro caminho, ao invés de me deixar levar pelo senso comum.
Não sei (ainda) a opinião de vocês, mas considero que qualquer congresso acaba sendo uma extensão do nosso ambiente de trabalho:
- apresenta-se trabalhos desenvolvidos,
- encontro com profissionais/pesquisadores/professores/estudantes da área,
- encontro com pessoas tidas como ícones da área,
- possibilidades de contatos profissionais na área,
- troca de experiências a respeito das possibilidades de pesquisa e desenvolvimento na área,
- etc, etc, etc...
Quando estamos em um ambiente de trabalho, em geral, seguimos regras de bom comportamento bem aceitos pelas empresas (vestimenta adequada com a função exercida, timbre de voz, vocabulário, asseio, entre outros fatores). Obviamente, num congresso científico, existe clima de maior descontração, principalmente por parte dos participantes. No entanto, organizadores, palestrantes, empresas participantes acabam mantendo uniformes, roupas sociais. Além disso, é possível perceber que grupos "rivais", acaba se relacionando como se fossem grandes amigos.
E isso vai até o momento dos tais happy hours:
- pessoas bebendo além da conta,
- gente rindo e falando alto (principalmente para se fazer ouvir já que muitas vezes a música é alta),
- sensualidade liberada,
- roupas decotadas,
- as vezes algumas coisas saem do controle...
Nem preciso dizer que não curto essa ideia de beber, nem socialmente (e isso não é julgamento para os que gostam), imaginem com a possibilidade de algum chefe, superior ou mesmo ex-chefe por perto (independentemente se estes estejam bebendo!).
A verdade é que enquanto as pessoas bebiam caipirinhas, cervejas, e por aí vai, fiquei no famoso suco de laranja sem gelo e sem açúcar. Foi ótimo para treinar fotografia, conversei com uma porção de gente (mas desistia rápido pois o cheiro de álcool e suor acabava sendo muito forte sem contar a questão de que alguns mais "altos" tentavam se aproveitar - o que eu acho insuportável).
De qualquer forma, eu me diverti muito pois assisti "cenas" extremamente engraçadíssimas dessas que somente bêbados são capazes de encenar... o que me faz lembrar de que um dos garçons com cara de espanto me perguntou porque eu também não estava bebendo. Respondi que eu estava bebendo, suco de laranja, a melhor bebida para curtir sem ressaca no dia seguinte. Afinal, eu não queria perder nada, e apontei para um "dançarino" que quase caía. Ele riu e saiu.
Acabei dormindo mais tarde do que costumo, mas tive um sono tranquilo, acordei cedo bem disposta e acabei acompanhando uma garota que machucou o nariz por conta da bebedeira para o hospital... não se preocupem, ela passa bem, ainda bem!
Enfim, ainda estou pesando os prós e contras sobre profissão, trabalho, happy hour, bebida.
Até o momento:
- Penso que num happy hour, não há nada de mau tomar uma ou outra bebidinha, mas até quanto seria o ideal?
- Ainda tenho dúvidas com relação a vestimenta, até onde estamos confortavelmente bem vestidos e quando isso se torna vulgar?
- Também me pergunto com relação ao nosso comportamento social, até onde podemos "tocar" o outro? - no sentido de que sem efeito do álcool, muitas pessoas talvez não permitissem certas abordagens.
- Será que as pessoas realmente se divertiram? Será que as pessoas realmente se sentiram felizes?
Adoraria saber a opinião de vocês!
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